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01/02/2025
Em 2024 a palavra do ano eleita pelo Dicionário de Oxford foi "brain rot", algo como "podridão cerebral" em português. Essa deterioração cerebral é ocasionada pelo consumo excessivo de telas, em especial relacionado a conteúdos superficiais como os das redes sociais e de curtíssima duração como os shots, reels.
O jornal britânico The Guardian recentemente trouxe que nos últimos anos, uma quantidade significativa de investigação acadêmica de instituições como a Faculdade de Medicina de Harvard, a Universidade de Oxford e o King's College London encontrou evidências de que a Internet está impactando o cérebro humano, e há evidências da diminuição da massa cinzenta, encurtando a capacidade de atenção, enfraquecendo a memória e distorcendo os nossos processos cognitivos. As áreas do cérebro afetadas incluíam capacidades de atenção, uma vez que o fluxo de informações online em constante evolução incentiva a nossa atenção dividida entre múltiplas fontes de mídia, processos de memória e cognição social.
Inúmeros artigos explicam o quão vulneráveis somos à podridão cerebral induzida pela Internet. "Os altos níveis de uso da Internet e a multitarefa intensa de mídia estão associados à diminuição da massa cinzenta nas regiões pré-frontais", conclui um deles. Pessoas viciadas em internet apresentam "mudanças estruturais no cérebro" e "redução da massa cinzenta". O excesso de tecnologia durante os anos de desenvolvimento do cérebro foi até referido por alguns acadêmicos como um risco de "demência digital".
Com tantas evidências científicas sobre os impactos do uso de telas de forma desenfreada e sem intencionalidade o que podemos é investir tempo e esforços para mudar a relação que temos hoje com as telas enquanto ainda há tempo, e principalmente conduzir nossos filhos a terem sua saúde e seu desenvolvimento cerebral preservado restringindo boa parte do uso atual.
Fonte:
https://www.theguardian.com/commentisfree/2024 /dec/09/brain-rot-word-of-the-year-reality-internet -cognitive-function