14/11/2024
Hoje um dia de lembrar e refletir 😭❤️
Julio aqui. Hoje no dia 14 de novembro de 2024, fazem 10 anos que tive um AVC, com apenas 22 anos. Nunca imaginei que a vida pudesse mudar tanto e tão cedo. Mas, se a vida me deu limões, bora fazer uma limonada – quem sabe ainda fico milionário com essa receita? 😂
Essa década voou, e a nova realidade me fez valorizar cada momento. Agradeço todos os dias pela minha esposa, meu porto seguro; pelo nosso filho; e pela minha família – amo vocês com tudo que sou. ❤️
Quando saí do hospital, só conseguia mexer os olhos e um pouco o pescoço. No começo, fiquei muito tempo em casa, ainda sem entender por que Deus havia me dado essa prova. Passado um ano e meio, a igreja apareceu e me deu uma força incrível, me resgatando desse período de questionamentos. Pensei: ‘Nunca fiz nada errado... por que comigo?’.
Mas, aos poucos, voltei a me abrir para o mundo. Depois de dois anos, comecei a andar de ônibus em Curitiba e disse à Pri que queria mexer no celular de novo. Fomos com calma e com a ajuda da minha terapeuta ocupacional, aprendi a usar um tablet, segurando um lápis na boca. A cada conquista, a esperança aumentava.Fiz muita fisioterapia, pelo SUS. Meu pé estava caído desde que saí da UTI, mas com o tempo, os exercícios e o botox, o pé não voltou a 90 graus. Buscamos a opinião de um ortopedista, mas ele não acreditava que eu voltaria a andar. Quando falou em cirurgia e no pós-operatório que era bem difícil, acabei desistindo. Mas em 2023 tive oportunidade de fazer a cirurgia e deu tudo certo.
Se Passou uns 5 anos do AVC, tive melhoras significativas nesse período longo de aprender tudo de novo comer, respirar, sorrir etc...
E derrepente a pandemia chegou, e nos mudamos para o interior de Santa Catarina. Viralizamos no TikTok, depois vieram o Instagram, o YouTube... E, após sete anos, consegui me aposentar. Não é um salário milionário, é um salário mínimo, mas foi uma grande conquista. Kk*k
Hoje estou em Juiz de Fora, e aqui vivi momentos importantes. Realizei alguns sonhos e amadureci muito.
Ainda é difícil estar “preso” no meu próprio corpo, mas enquanto houver vida, há esperança. CONTINUA NOS COMENTÁRIOS