13/04/2024
Alerta de texto grande.
Se passar mal, a culpa não é minha!
Conheci uma mina no tinder (o nome dela não era Jennifer), a gente marcou de se encontrar.
Passei na adega, olhei pro cantinho do vale, mas eu queria impressionar, mostrar um gosto refinado, poder aquisitivo.
"Vou levar um cabernet sauvignon blanc."
Peguei aquele chalise que encaixava no meu orçamento de 8,50.
Fui caminhando até a estação Alencastro e embarquei, com a minha calça jeans encardida e uma regata amarelada no sovaco, parecia um gogoboy indo entregar currículo.
Chegando no meu destino, no Shopping Estação, a avistei no topo da escadaria. Linda, toda trabalhada no salão, cabelo e unhas feitas recentemente. Mó rostinho de privilegiada consumidora de Yakult.
Fui chegando perto, já abri um sorrisão...
- Boa noite nega, tranquila?
- Salve meu parça, tudo dois?
- Oi?
- Tá firmão pae?
- (em choque) estou ótimo, obrigado.
- Então, aonde vamos?
- Vamo encosta lá na Vozz memo. Lá noiz fuma um e f**a suave.
- Onde você mora?
- CPA, quebrada.
- Perfeito! Tava fodido e não sabia.
A desgraçada fumava um cigarro atrás do outro sem parar, parecia a caipora no fumódromo do open bar.
O motorista chegou.
Entramos no uber.
- Boa noite, aonde vamos?
- Toca pro Pedra 90, piloto
- Pedra 90 (Rapaz...)
Eu peguei meu escapulário e pensei: É hoje que acordo numa banheira com gelo sem um rim (Não vou tomar nada que ela me oferecer!).
Passamos por umas oito vielas, três biqueiras em menos de 6 minutos... Motorista apreensivo tava quase me dando a mão e puxando uma avemaria juntos. Cada esquina o gps apontava risco de assalto.
A cada metro quadrado é um furto, o restante dos metros já haviam roubado
Pra você ter uma noção, lá é tão perigoso que agiota deixa caducar a dívida, nem volta pra cobrar!
Descemos e o motorista implorando pra eu f**ar dentro do carro. Eu tava tanto com o cu na mão que se batesse palma balançava a uretra!
Descemos um escadão que deveria ter uns 9 mau elemento a cada degrau.
E ela:
- SALVE RAPA !
-Ho bandida, tranquila e calma?
-PELA ORDEM KADELO BELGA
No meio da bandidagem tava me sentindo o Elton John no Show do facção central. Tipo a Piper Perri naquela cena que você sabe bem como é.
Chegamos na casa dela, já foi tomar um banho
-Ae aliado, f**a no aguarde aí, que eu vou pegar uma ducha.
A linguagem dela era uma mistura de Zé Pequeno com Tati Quebra Barraco!
Eu tava mais nervoso que cleptomaníaco em brechó de rico.
Fui tomando o vinho desenfreadamente...
Até que ela saiu do banho, toda maravilhosa, enrolada na toalha se aproximou de mim, um nariz encostou no outro, o Juca já começou a preparar o guaraná, me jogou contra a parede e me beijou.
Foi tirando minha camisa, puxando minha calça, me jogou no sofá, parecia cena de filme exótico. Jogou a toalha no chão, apagou a luz. Acendeu um incenso, duas velas. Pensei: Pronto ela vai fazer um trabalho pra mim agora, meu piru num sobe nunca mais.
A gente se beijando naquela voracidade neuroticamente frenética!
Eu olhando pra ela como Zeca Pagodinho olha pro litrão de Brahma... Ela me apertando como o Péricles segura um risole.
Numa pegada mais intensa, foi começando o alongamento da fimose.
Ela ajoelhou me deu umas mordidinhas na coxa, uma lambidinha na virilha, uma cosquinha no pé do ouvido...
Revirei os olhos umas três vezes, mas me concentrando pra não abrir o champanhe antes da virada.
E do nada...
(XUCUPLAU)
Ela veio com aqueles braços de caminhoneiro, sabe aqueles em degradê queimados de sol ?
Me suspendeu nos ombros, sacou a língua pra fora, parecia um integrante do Kiss sem maquiagem.
Nesse momento travei, juro.
Nunca me senti tão vulnerável.
Tava mais apreensivo que o Ronaldinho gaúcho no exame antidoping. Ela foi se aproximando, eu estava vendo que ia dar m***a.
Eu só pensava numa coisa!
"SE ESSA MAU-CARÁTER VIER DE OUSADIA, VOU PE**AR NA LÍNGUA DELA."
Não sabia se travava o cu ou mantinha a ereção.
Estava com as duas pernas pra cima e o corpo todo travado. Parecia uma rã na autópsia.
Ela veio com aquela língua de tamanduá-bandeira cavucando formigueiro e VRAU...
Deu uma pincelada na minha próstata!!! Uma obra de arte tipo um quadro da Tarsila Amanal.
Congelado sem falar uma palavra pensei: M E U D E U S.
QUE P***A (GOSTOSA) É ESSA!? CE TA DOIDONA!?
CURTO ESSAS PARADAS AÍ NÃO!
(Porém, tô indeciso)
Eu fiquei naquele PARA E CONTINUA PARE E CONTINUA.
Numa breve reflexão, comecei a questionar a minha masculinidade.
Mas é aquele ditado, né? "Quem nunca tomou uma lambida que atire a primeira prega!"
Como se nada tivesse acontecido a depravada foi subindo em direção a minha boca e eu todo arreganhado com o bu**um babado (vide "Posição bumerangue úmido").
Toba piscando mais que vaga-lume no acasalamento...
Ela veio me beijar, desesperado gritei:
NA BOCA NÃO, NA BOCA NÃO!
Depois de um beijo grego, ela queria um BEIJO TRADICIOANAL
Sei que falo muita m***a, mas aquilo era o cumulo.
O brioco travou de uma forma que se o dono da Samsung visse, me processava por plágio. Na hora que ela me beijou senti aquele gosto de â**s... Mas eu tava igual caranguejo na panela, o pior já tinha acontecido, não tinha pra onde correr.
Eu me questionando...
Bu**um que mamãe passava maisena, lenço umedecido aloe vera, talquinho Johnsons e Johnsons, hoje banhado à libertinagem e vergonha...
A gente lá no vuco-vuco me bateu uma paumolencia, (eu tava no Pedra 90, não conhecia nada e o lugar mais seguro já havia sido invadido. Aquela língua de Boulos, invasora de propriedades particular).
Eu queria parar mas o medo não deixava, logicamente ela percebeu:
- E AÍ TRUTA, TÁ ME COMENDO DE PAU MOLE ??!!
Imediatamente falei a primeira coisa que veio a minha cabeça:
- É ASSIM QUE EU GOSTO!
Dei uma tremidinha e fingi orgasmo de tenista (URRRRHH) gemi e cai pro lado.
Eu só queria pegar minhas roupas e sair de lá!
Porque literalmente aquilo tudo nunca havia me acontecido
Me arrumei e fui embora a pé até a estação, não existia nada que pudesse me abalar mais que aquilo. Ainda que eu caminhasse pelo vale dos broxas, eu já tinha sido atingido.
Andando pela rua igual o Akon, via os outros se beijando, os cachorro lambendo o toba um do outro e pensando na desgraçada
Eu lá violado, cabisbaixo com uma sensação estranha no precioso, voltei até a casa dela, bati na porta e falei:
Smigol, quero mais!
