22/09/2024
Pensando que, por conta do Podcast da Ana Tirana (que vai acontecer na quarta, dia 25/9), atualizei minha bio: 2 romances (Água de Mortas e Panthalassa ou Aconchego-me sobre Metralhadoras – Livro um/3, Eds. Patuá e Mezanino) e a caminho do terceiro (DesEu - ainda sem editora mas a venda na Amazon https://www.amazon.com.br/DesEu-Isadora-Salazar-ebook/dp/B0DFXHNYBY ) e de mais um quarto e ainda mais experimental (Caveira na Mala - Sultana Produções); e sempre tomada pelo assombro. Um livro de contos com aquarelas de Thienne Johnson ( AquarelaBANG, Ed Sultana Produções). Três plaquetes. Uma cena teatral com Luis Eduardo de Sousa. Participação em algumas revistas e antologia muito legais, um curta dirigido por Lorenna Mesquita e com texto do seu romance Água de Mortas. Duas filhes. 4 gatos e um cachorro. Alguns amigos que a toleram e estão junto com ela desde a Década de 80 e que são também seus parceiros criativos. 50 anos. Sem filtro. Sem tinta no cabelo. Com hipermetropia e ainda sem saber passar maquiagem. Quase 3 meses de corticoide e pregabalina por conta de um erro que não foi dela. Um monte de creme de dermatológico prescrito que quase nunca compra e quando compra quase nunca usa. Um D.N.A. meio bichado. Uma mãe idosa para cuidar. Escolha própria: emancipou-se aos 16 anos e fará cessão de direitos hereditários em 2024 pois depende de edital para viver e não pode ter certidão positiva para dívidas que ela não fez em seu nome. Costuma dizer que nasceu dos pés de jasmim da Ilha do Mosqueiro, mas começou a achar muito poético e agora pensa em trocar sua bio para nascida dentro de um caixote de pupunha (pupunha mal cozida: travo na boca dos imbecis). Ex-advogada, ex-pianista, ex-professora substituta da Escola de Música da Universidade Federal do Pará, ex um nome imenso e um sobrenome de família que não lhe faz o menor sentido (desculpa aí VÔ e Vó, sei que vocês eram legais e dignos e honestos), ex um monte de outras coisas. Aluna do Claudio Daniel. Nunca foi editora na vida. Ambidestra. Quer se mudar para um Planalto porque teme Nibiru. Seus mais novo romance, Caveira na Mala, suplente na Paulo Gustavo e ainda em fase de escrita também junto com a Thienne Johnson, fala tanto de Marte quanto de um presente passado e futuro contidos em uma mala em trânsito e dentro de uma certa Ilha chamada Cérebro atacada mesmo que sem bombas. Perplexa com a normalização das atrocidades que acontecem em Gaza. Perplexa com o que acontece na Amazônia, no Congo e em todas as 50 e tantas guerras ativas televisionadas ou não midiáticas que acontecem na atualidade. Reclusa, pouquíssima habilidade social, sem paciência para dialogar com quem nunca mudou, com quem nunca pesou e repensou; com dois sequestros relâmpago, dois assaltos e muitos episódios de violência sofrida para encarar em terapia. Boa filha. Tem pavor de pegar avião, mas pega quando necessário. Detesta religião mas acredita (e muito) na fé. Quase só usa Facebook como sua única ferramenta por pura preguiça de ficar pulando de uma rede social para outra. Acredita em milagres de Nossa Senhora, na proteção dos Orixás, nas palavras de Chico Xavier, no Ho'oponopono, em praticar Tai chi chuan, em homeopatia, em ser vegana, em aprender e evoluir, em botas no lugar de scarpins, e em ouvir música quase todos os dias. Isadora está perplexa e com muito medo de que esse Planeta entre em uma 3GM; mas Isadora não está estocando lata de feijão em bunker para o inverno nuclear porque, e apesar de tudo, Isadora acredita e ainda tem muita fé de que sobra o Humano quando todo o mais naufraga.