"Quadrilátero" é uma revista digital que debate a microrregião da Serra do Caraça, sua dependência da mineração e seus dilemas.
18/09/2024
PARTE 2 - SERRA DO CARAÇA
Perguntamos aos nossos seguidores quais eram os candidatos a vereador comprometidos com o combate à minério-dependência e com a diversificação econômica em nossa região.
Depois do primeiro post, vejam o segundo:
2️⃣Catas Altas:
🔸️Cássyo Pousas: vereador que tenta a reeleição em defesa do Meio Ambiente e da Serra do Caraça.
3️⃣Santa Barbara:
🔸️ Sabrina Camargos: candidata que abraçou a pauta da diversificação econômica.
🔸️Fernando Economista: candidato que propõe a transição econômica para Santa Barbara.
Se você é candidato ou conhece algum que defende os mesmos valores e tenha propostas ou atuação nessa pauta em outros lugares do QUADRILÁTERO FERRÍFERO-AQUÍFERO, comenta ou manda uma mensagem pra gente.
17/09/2024
PARTE 1 (SERRA DO CARAÇA)
Perguntamos aos nossos seguidores quais eram os candidatos a vereador comprometidos com o combate à minério-dependência e com a diversificação econômica em nossa região.
A partir daqueles que foram marcados em nossa publicação, analisamos as campanhas e o histórico de atuação dos candidatos. Feito isso, selecionamos esses:
1️⃣Barão de Cocais:
🔸️.hatusf: empreendedor e defensor da sustentabilidade no comércio local.
🔸️: fundador da Quadrilátero e militante do .nacional.
2️⃣Catas Altas:
🔸️: ambientalista e autor do projeto de lei do Monumento Natural Serra do Caraça.
3️⃣Santa Barbara:
🔸️: militante do .nacional.
🔸️: ex-assessor do mandato coletivo Padre João e Leleco.
🔸️: militante do .nacional.
Se você é candidato ou conhece algum que defende os mesmos valores e tenha propostas ou atuação nessa pauta, envie-nos material que respostaremos.
Não divulgarmos candidaturas que não tenham propostas ou atuação em torno da pauta. A bandeira é séria. Minério-dependência é um conceito importante para nossa luta. Não iremos banalizar a caminhada!
Faremos outra(s) publicação(ões) sobre o restante do Quadrilátero Ferrífero-Aquífero.
31/08/2024
A Justiça Federal determinou a anulação das audiências públicas referentes ao licenciamento ambiental do projeto Apolo, que a Vale tenta instalar ao lado do Parque Nacional da Serra do Gandarela.
A Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), responsável pelo processo de licenciamento, realizou as audiências em 22 e 23 de maio, em Santa Bárbara e Caeté, sem autorização pŕevia do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Pelo fato do empreendimento da Vale ter sua instalação prevista na zona de amortecimento do Parque Nacional da Serra do Gandarela, unidade de conservação federal, o ICMBio deveria ter sido consultado pela Feam para decidir sobre a emissão da Autorização para Licenciamento Ambiental (ALA).
Atropelando a necessidade de tal ato administrativo e incorrendo em vício no processo, a Feam nem mesmo requereu a autorização. A Vale, lê-se na decisão, “também se manteve inerte”.
Com isso, as audiências estão anuladas e a continuidade do licenciamento está condicionada à autorização do ICMBio.
O despacho foi assinado pela juíza Anna Cristina Rocha Gonçalves, da 5ª Vara Cível de Belo Horizonte, no último dia 6.
A ação foi movida pelo Núcleo de Direito Ambiental do Projeto Manuelzão, por meio do Instituto Guaicuy, ONG de apoio às atividades do Projeto.
Assine o abaixo assinado em defesa do Gandarela em aguasdogandarela.org.br/abaixo-assinado (link na bio )
Texto da via
16/08/2024
11/07/2024
O Ministério Público Federal (MPF) expediu duas recomendações para a proteção do patrimônio cultural, arqueológico e espeleológico existente na área do empreendimento minerário Cava da Divisa, situado nos municípios de Barão de Cocais e São Gonçalo do Rio Abaixo, na região central do estado.
Em julho, serão realizadas diversas atividades nas Trilhas do Gandarela - Um Dia no Parque! Todas abertas à população, venham celebrar a riqueza e a beleza natural do Parque Nacional da Serra do Gandarela. Serão todas e todos muito bem vindos!
A programação faz parte da mobilização nacional para ocupação das Unidades de Conservação . A seguir uma prévia das atividades:
06 e 07/07 - Observação de Aves
14/07 - Mirante Gandarela, Mirante 360°, Cachoeira do Sol e Restaurante Rural em Raposos
20/07 - Cachoeira de Santo Antônio
21/07 - Marco Zero e Poço Azul
21/07 - Pico de Capanema, Campo dos Batatais e Cachoeira do Córrego das Flechas
27 e 28/07 - Santuário do Caraça: Cachoeira do Campo de Fora e Cascatinha
Em breve vamos divulgar mais detalhes sobre os nossos parceiros, sobre as inscrições e quantidade de vagas. Fiquem atentos e venham passar um ou vários dias no parque com a gente!
📷 Serra do Gandarela e Serra do Caraça, vistas do Mirante 360°, por .
03/07/2024
📍Convidamos vocês a participarem da Audiência Pública que será realizada no próximo dia 8 de julho (segunda) às 9 horas na ALMG (Auditório José de Alencar), em Belo Horizonte, sobre “Relevância hídrica e socioambiental do Parque Nacional da Serra do Gandarela e região e o potencial para a preservação da biodiversidade”.
Será uma grande oportunidade para entender o quanto esse lugar é importante além de representar a segurança hídrica e o equilíbrio do clima tanto dos municípios do seu entorno quanto para Belo Horizonte e região metropolitana.
Esperamos vocês! Vamos juntos???
AUDIÊNCIA PÚBLICA
8 de julho (segunda) às 9h
ALMG - Auditório José Alencar
07/06/2024
A Vale foi inserida, nesta quinta (6), no cadastro de empregadores responsabilizados por mão de obra análoga à de escravo, conhecido como “lista suja”. O caso envolve uma operação que flagrou 309 pessoas nessas condições, na Mina do Pico, em Itabirito (MG).
O flagrante ocorreu em fevereiro de 2015, mas a empresa questionou judicialmente os autos de infração, pedindo sua anulação. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a mineradora perdeu a ação e, com isso, foi inserida no cadastro.
Os envolvidos eram motoristas que levavam o minério de ferro pela estrada particular da Vale que liga duas minas no município. Embora fossem empregados por uma empresa subcontratada, a Ouro Verde, os auditores da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais apontaram a Vale como responsável.
Segundo a fiscalização, os trabalhadores eram submetidos a jornadas exaustivas, condições degradantes e foram vítimas de fraude, promessa enganosa e ameaça.
Em nota, a Vale contestou a inserção e afirmou que adotará as medidas para a exclusão. “Foi proferida decisão judicial em maio de 2024 que reconhece indevida a lavratura de auto de infração em razão da fiscalização ocorrida em 2015, o que torna indevida sua inscrição no cadastro”, diz.
Na época, reportagem de Ana Ar**ha, da Repórter Brasil, apontou casos como o de um motorista que dirigiu por 23 horas com um intervalo de apenas 40 minutos e outro que trabalhou de 14 de dezembro a 11 de janeiro sem folgas. Os banheiros eram impraticáveis, o que levavam os trabalhadores a fazerem necessidade na estrada. Promessas para quem trabalhasse mais e de forma mais intensa (colocando em risco a sua vida e a de outros) foram feitas e não cumpridas. E quando os trabalhadores passaram a reclamar, foram ameaçados, segundo a fiscalização.
Criada em novembro de 2003, a “lista suja” é atualizada semestralmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Apesar de a portaria interministerial que prevê a lista não obrigar a um bloqueio comercial ou financeiro, ela tem sido usada por empresas e bancos brasileiros e estrangeiros para seu gerenciamento de risco.
26/05/2024
Vem aí o Encontro Cultural e 3º Fórum Pensar o Patrimônio de São Gonçalo do Rio Abaixo-MG.
Fique de olho nas nossas redes e acompanhe as informações e materiais dessa luta!
21/05/2024
O .nacional e a sociedade civil do Caraça seguem firmes contra a Mina Apolo, da Vale.
Contra a destruição dos nossos aquíferos!
Contra o cancelamento do nosso futuro!
Queremos água!
21/05/2024
O CARAÇA DIZ NÃO À MINERAÇÃO APOLO!
A região do Caraça diz não à Mina Apolo, da Vale. O mega empreendimento não ameaça "apenas" o abastecimento hídrico da região metropolitana de BH, mas também o nosso.
Cidades como Barão de Cocais e Santa Bárbara serão diretamente afetadas, já que parte dos aquíferos da formação Cauê serão minerados pelo empreendimento.
Mas isso não assusta apenas a nossa região. Isso afetará 800 mil pessoas de toda uma Bacia Hidrográfica.
É o que aponta o relatório da Expedição Rio Piracicaba, realizado pelo Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba, que caracterizou aquela região como fundamental para todos os municípios da Bacia.
Cidades como Ipatinga, no Vale do Aço, poderão ser impactadas, junto de sua siderurgia.
Diga não a esse empreendimento que destrói nossas águas e possibilidades de futuro!
nacional
19/05/2024
O Movimento Pela Soberania Popular na Mineração (.nacional) realizou hoje um mutirão de panfletagem em Cruz dos Peixotos, povoado rural de Santa Barbara-MG.
A panfletagem faz parte de uma série de ações do movimento em defesa da Serra do Gandarela, contra a instalação da Mina Apolo, da Vale.
05/04/2024
TERRORISMO DE BARRAGEM TRAZ À TONA CONLUIO DO PODER PÚBLICO COM MINERADORAS
Em 25 de janeiro de 2019, o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, da empresa Vale, em Brumadinho (MG), matou 272 pessoas e resultou em um dos maiores desastres ambientais do país. Duas semanas depois, moradores das comunidades de Socorro, Tabuleiro, Piteiras e Vila do Congo, próximas a Barão de Cocais, foram surpreendidos, no meio da madrugada, por sirenes alertando para o risco de rompimento da Barragem Sul Superior da Mina Gongo Soco, também da Vale, o que obrigou essas pessoas a deixarem suas residências. Naquele mesmo dia e nos dias seguintes, o cenário se repetiu em outras comunidades do entorno de barragens semelhantes.
Os eventos descritos acima foram analisados em uma pesquisa realizada na Unicamp com o intuito de investigar as relações existentes entre as empresas de mineração e órgãos estatais. Esse estudo identificou na prática dos reiterados alertas indícios de uma estratégia das empresas para ampliar seu controle sobre a região e sua área de exploração. Segundo o estudo, de autoria de Daniel Neri, as empresas aproveitam-se do clima de medo instalado por desastres anteriores e, articuladas com o poder público, provocam a remoção de moradores. A tese de Neri, defendida no Programa de Pós-Graduação em Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências (IG), contou com a orientação da professora Rosana Corazza.
Em frente à imagem de Nossa Senhora Mãe Augusta do Socorro, a cozinheira Aparecida de Paula Oliveira, de 43 anos, faz aquela que pode ser uma das suas últimas preces perante a escultura que representa a sua santa de devoção.
A imagem, símbolo da comunidade de Socorro – um dos primeiros povoados de Minas Gerais, que precisou ser evacuado no dia 8 fevereiro de 2019 devido ao risco de rompimento da barragem Sul Superior da mina Gongo Soco, da Vale – pode estar de mudança para o museu da mineradora, localizado na cidade de Mariana, a cerca de 73 km do distrito. Uma possibilidade aventada a partir de um acordo feito pela Arquidiocese de Mariana e a Vale em agosto de 2023. O Ministério Público Federal, o Ministério Público de Minas Gerais e a Defensoria Pública do Estado também participaram da resolução.
“Tirar ela da gente vai ser um processo muito doloroso. É como se estivessem passando um punhal em nosso coração”, desabafa, emocionada, a cozinheira. Aparecida nasceu e viveu na comunidade de Socorro, onde também criou seus quatro filhos. No distrito, que tem mais de 300 anos, ela dividia a rotina entre os compromissos domésticos, no restaurante onde trabalhava e na igreja, que leva o mesmo nome da padroeira. “Muitos podem falar que é só uma imagem, mas é o que ainda resta do Socorro. Já nos tiraram quase tudo, sobrou só a nossa fé. Por isso a gente quer a imagem perto de nós”, expõe.
O acordo, assinado no último ano, prevê o pagamento de indenizações, ofertas de serviços essenciais, além da preservação de bens culturais da comunidade de Socorro. Entre as determinações, está o pagamento de R$ 12 milhões para a restauração da igreja Mãe Augusta do Socorro, e o repasse de R$ 4,4 milhões para o acervo religioso. De acordo com os ministérios públicos Federal e do Estado, o investimento nas peças sacras deve ser feito pela Vale. A mineradora deve ainda restaurar a igreja, obra que não tem previsão para ser concluída.
O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) ajuizou uma Ação Civil Pública contra a CDB Centro de Distribuição de Barão LTDA. devido a irregularidades no processo de Licença Ambiental para o Terminal de Minério, localizado no município de Barão de Cocais.
O MPMG constatou ausência do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) e das audiências públicas necessárias para a obtenção da licença ambiental.
Por isso, solicita a suspensão da licença ambiental até que os estudos sejam apresentados e avaliados. A prevenção de danos ambientais, com a adequada avaliação dos impactos da atividade no ecossistema da região, é essencial na manutenção de um meio ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações.
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Revista Quadrilátero
A “Quadrilátero” é uma revista digital que surgiu na microrregião da Serra do Caraça no ano de 2019. Ela pretende ser um espaço de debate de um tema muito caro à região: a dependência econômica de Minas Gerais em relação à mineração e as suas consequências. Abordando a necessidade da diversificação da economia, ou seja, do investimento e do incentivo ao turismo, à agricultura, à pecuária, à indústria e ao comércio, a Revista Quatrilátero pretende agir de forma regional, nos municípios de Barão de Cocais, Catas Altas e Santa Bárbara.
Mas não só. Apesar de qualquer possível impressão, a Quadrilátero não é e nem será uma inimiga da mineração, ou seja, de toda e qualquer mineração. Entendemos a importância da atividade, desde que seja feita de forma honesta e responsável, mesmo que isso aparente ser raro nos dias de hoje. De forma bem clara, a nossa atividade se resumirá, sempre, a diagnóstico e prognósticos. Adiantamos os dois:
Diagnóstico: a microrregião da Serra do Caraça depende hoje, fundamentalmente, da mineração. Entretanto, ainda não sabemos porque, pouco se discute e se cobra em relação aos impactos que esta atividade produz, sejam eles negativos ou positivos.
Prognóstico: o minério acaba. Não é possível viver para sempre em função de um único produto. Precisamos preparar uma transição econômica segura e sustentável para a nossa região.
Em suma, as primeiras discussões da revista se nortearão a partir deste ponto – o que não quer dizer que não cubramos outros eventos relativos ao tema. Para tal, a revista se orientará por quatro diretrizes básicas:
Comprometimento com a verdade:
A Revista Quadrilátero não pretende ser um meio de informação tradicional. Por isso mesmo dispensamos um grande fluxo de matérias. A quantidade, às vezes, é inimiga da qualidade. Em tempos em que somos bombardeados por milhões de informações, muitas delas falsas, faz-se necessário parar, respirar e organizar nossos pensamentos para compreender o mundo à nossa volta. Por isso não produziremos muito, todos os dias, mas produziremos bem. O amigo leitor poderá esperar da Quadrilátero artigos com referências sólidas, bem estruturados e que alterarão a forma como vê a sua região.
Honestidade intelectual:
A produção da Revista Quadrilátero tem como norte a honestidade intelectual. E o que é isso? Nada mais do que dizer “pensamos assim em decorrência destas evidências” para, em seguida, apresentar tais dados e fontes. Não significa que nossos textos não carregarão opiniões, mas sim que apresentaremos narrativas factíveis, baseadas em dados e abertas ao público. Nada de mentiras disfarçadas de “imparcialidade”.
Apreço pela ciência:
Os artigos publicados no portal não serão simples “achismos”, como infelizmente vemos aos montes por aí. A Quadrilátero nasce tendo como norte o apreço pelo método científico e pela discussão racional. Nada publicado neste site não poderá ser comprovado segundo bases sólidas; nada será produto de picuinhas ou perseguições; nada carecerá de um propósito. Nosso compromisso é com a região e seu desenvolvimento, mas, principalmente, com a razão e a ciência.
Busca por um modelo econômico sustentável e regional:
Por fim, devemos dizer que a Revista Quadrilátero tem duas identidades principais: a sustentabilidade e a regionalidade. O nosso foco é o desenvolvimento da microrregião da Serra do Caraça por meio de uma plataforma econômica, social e ambiental sustentável, algo que poderá ser observado em todos os nossos editoriais.
Dito isso e nada mais havendo a acrescentar, convidamos o amigo leitor a nos acompanhar. Se você também se permite viver sob outros ângulos, não aceita o estado atual das coisas e pensa uma região diferente para o futuro, você também é Quadrilátero. Participe de nossas discussões e divulgue o conhecimento. Vamos construir o futuro que queremos: sustentável e regional!