21/11/2024
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CAPÍTULO 8
SINAIS VITAIS
Sheyla Gomes Pereira de Almeida
Cláudia Cristiane Filgueira Martins Rodrigues
Cleide Oliveira Gomes
Rita de Cassia Girão de Alencar4*
A
verificação dos sinais vitais (SSVV) é considerada como um
importante indicador das funções vitais do organismo e se
constitui uma prioridade para os cuidados de Enfermagem no
atendimento ao enfermo. Em virtude de sua relevância, são refe-
ridos como sinais de vida a frequência respiratória, a frequência
cardíaca, a pressão arterial, a temperatura e a dor, que indicam a
eficácia de funções primordiais ao equilíbrio orgânico.
Dessa forma, discutiremos neste texto conceitos básicos, va-
lores de referência, fatores que alteram a temperatura (T), pulso
(P), respiração (R), pressão arterial (PA), considerações sobre a
dor e princípios concernentes às intervenções de Enfermagem re-
lacionadas aos sinais vitais.
Conceitualmente os sinais vitais são mensurações/medidas
obtidas pelos profissionais da Enfermagem, considerados indica-
4
* In Memoriam.147
dores das funções vitais do organismo. Regulados por mecanis-
mos complexos como os neurológicos, recebem influências tam-
bém do sistema endócrino, das emoções e do ambiente (TAYLOR;
LILLIS; LEMONE, 2007).
A verificação de sinais vitais constitui uma medida rápida e
eficiente de monitorização das condições do enfermo, como tam-
bém permite a identificação de problemas e avalia resultados de
intervenções realizadas diante de alterações ocorridas (POTTER;
PERRY, 2009). A valorização das anotações de tais aferições, que
devem ser registradas em impressos próprios ou através de gráfi-
cos, permite uma avaliação objetiva do estado geral de saúde.
Devem ser registrados de maneira precisa e clara em inter-
valos de tempo determinados, de acordo com a condição clíni-
ca apresentada. O técnico em Enfermagem deve estar habilitado
para aferir adequadamente os sinais vitais, comunicar os achados
e instituir ações conforme a necessidade encontrada (POTTER;
PERRY, 2011). Os cuidados para intervir nas alterações dos sinais
vitais dependem da intensidade das alterações e do estado geral
de saúde, indicando as prioridades dos cuidados de Enfermagem.
Por se tratar de um momento que gera certa medida de an-
siedade e tensão, durante sua aferição, existe a necessidade do
estabelecimento de relacionamento interpessoal no qual a comu-
nicação, além de fazer parte do procedimento em si, passa a ser
instrumento de interação, gerador de confiança entre pessoa cui-
dada e profissional. Uma vez firmado, o sentimento de confiança
legitima essa relação. O momento da verificação dos sinais vitais,como tantos outros, necessita da aplicação dos princípios éticos e
conhecimentos técnico e científico por parte do profissional (GO-
MES; ALENCAR; ALMEIDA, 2010).
São vários os momentos nos quais a verificação dos sinais
vitais se faz necessária, entre esses se destacam: admissão, alta e
transferência; antes de procedimentos que possam ou não alte-
rá-los; antes, durante e após procedimentos invasivos; de acordo
com a rotina de cada instituição de saúde.
O material e o método utilizado deverão ser selecionados de
acordo com as condições e características clínicas da pessoa as-
sistida. Geralmente, são utilizados os seguintes materiais (Figura
1): bandeja, termômetro, esfigmomanômetro ou tensiômetro e es-
tetoscópio; relógio de pulso com ponteiro de segundos, bolas de
algodão e álcool 70%.
Figura 1 – Material necessário para verificação de sinais vitais