07/05/2023
Belíssimo Texto !
Faz dois anos que estávamos perto da nossa primeira viagem.
Uma viagem desejada por ti. Uma viagem preparada por mim.
Assim foi, sempre viajamos segundo os teus desejos dos quais eu me deixei seguir, pelas tuas brilhantes promessas que no meu coração, entusiasmadamente, semeaste.
Até à nossa primeira viagem, tu só querias beijar bocas e experimentar corpos, em frios sentimentos provocados pelo teu roto coração impossível de ser saciado.
Noites loucas, roupas curtas e bebedeiras faziam-te preencher momentaneamente o vazio que sempre existiu em ti, fazendo-te sentir especial por todas as atenções centradas em ti. E nessa tua esforçada forma nefasta de injetar autoestima, desgastavas o teu corpo e adoentavas ainda mais o teu coração, apagando cada vez mais a tua alma que pedia incessantemente um pouco de luz.
Até à nossa primeira viagem tu querias morrer solteira e sempre procuravas sempre formas de desconfiar e desacreditar no amor, pois só querias “viver a vida” sem nunca assumires um mínimo de responsabilidades.
Desde a nossa primeira viagem, muitas feridas me causaste só para evitares sentir o que o meu coração vibrava naturalmente.
Por medo de ficares escrava de um bom amor esfaqueavas constantemente o meu coração e soltavas toda a tua personalidade selvagem em lutas constantes com o que estavas a sentir de mim, mantendo a tua superficialidade de sentir porque a profundidade era algo desconhecido em ti, e isso trazia-te pânico.
Mas não conseguiste fugir do meu olhar e, por momentos, numa das nossas viagens decididas por ti e guiadas por mim, tu sossegaste e te deitaste calma comigo. Em mim, encontraste o caminho para seguir o que sonhavas viver, mas que desconhecias como dirigir. Por momentos deixaste-me dirigir e seguíamos em calma, mas sempre que te sentias ameaçada pela profundidade do caminho, tiravas-me o volante à força e dirigias em tempestuosas confusões e, sem norte nem sul, criavas destruição pelas viagens que sonhavas viver.
Fizeste-m