25/03/2024
ANGOLANOS ENFRENTAM MAIOR POBREZA EM COMPARAÇÃO COM CINCO ANOS ATRÁS
Angola enfrenta uma realidade sombria, com os angolanos cada vez mais pobres e com uma expectativa de vida diminuída em relação aos últimos cinco anos. Apesar de registrar um aumento em sua pontuação no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2023 em comparação com o ano anterior, o país caiu dois lugares no ranking global, refletindo uma estagnação relativa em seu progresso em relação a outras nações.
Apesar de um aumento marginal na expectativa de vida média, subindo de 61,6 anos em 2022 para 61,9 anos em 2023, os angolanos estão vivendo menos do que há cinco anos. Este declínio na expectativa de vida é atribuído a uma série de fatores, incluindo a crise econômica e financeira do país, que impactou negativamente os indicadores de saúde e qualidade de vida.
A falta de investimento adequado em saúde e educação, evidenciada pelo baixo peso desses setores no Orçamento Geral do Estado, tem contribuído para a deterioração das condições de vida. Salários baixos, inflação em alta, acesso limitado a alimentação adequada, água limpa, saneamento básico e habitação segura, juntamente com a falta de cuidados de saúde preventivos, diagnóstico e tratamento de doenças, têm levado a um aumento da pobreza e da mortalidade materna.
O rendimento nacional bruto per capita de Angola diminuiu de forma constante nos últimos anos, refletindo uma tendência de empobrecimento contínuo da população. O crescimento populacional acelerado, combinado com a incapacidade da economia de criar empregos em quantidade suficiente para absorver essa força de trabalho em expansão, contribui para uma crescente desigualdade e instabilidade econômica.
O país também enfrenta desafios significativos em relação à pobreza multidimensional, com mais de um terço de sua população (32,5%) vivendo em situação de privação em várias dimensões, incluindo acesso inadequado a alimentos, educação, saúde e habitação.
Em última análise, enquanto An