29/10/2020
ORGANIZADORES DOS PROTESTOS EM LUANDA FALAM DE DUAS MORTES E 387 DESAPARECIDOS!
Os organizadores da manifestação reprimida pela polícia angolana no sábado passado dizem que duas pessoas morreram, mais de 50 ficaram feridas e das 500 desaparecidas, 387 continuam com paradeiro incerto.
A informação foi hoje avançada pelos promotores da marcha, que tinha como objetivo reclamar sobre as difíceis condições de vida da população e apontar uma data para a realização das primeiras eleições autárquicas de Angola, previstas para este ano e entretanto adiadas, por falta de condições, entre as quais a pandemia de covid-19.
O relatório da manifestação, divulgado ontem em conferência de imprensa, refere que morreram “baleados” durante os protestos, os cidadãos identificados por 'Mamã África' e Marcelina Joaquim.
Segundo José Gomes Hata, um dos promotores da manifestação, mais de 50 cidadãos foram brutalmente agredidos e feridos, entre os quais os ativistas Geraldo Dala, que foi gravemente ferido na cabeça, tendo levado dez pontos, o secretário da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola, maior partido da oposição) no Mussulo, partido político que apoiou a manifestação, que foi alvejado no braço direito, e Dito Dalí, “que foi selvaticamente espancado e perdeu os sentidos”.