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O TIO FOLHINHA É UM SHOW29 DE JANEIRO - ANIVERSÁRIO DO TIO FOLHINHA Aos 64 anos de idade de João Carlos Republicano, gen...
18/02/2021

O TIO FOLHINHA É UM SHOW
29 DE JANEIRO - ANIVERSÁRIO DO TIO FOLHINHA

Aos 64 anos de idade de João Carlos Republicano, general reformado e “refugiado” na Baía-Azul, foi enganado indecentemente pela doceira amiga, provavelmente do peito, que fez o bolo de aniversário atraindo o Tio Folhinha. Fez um bolo de aniversário com o interior todo vermelho e a parte exterior verde, sendo ele sportinguista de gema desde o tempo colonial. Uma situação bastante constrangedora, perante a presença maciça de benfiquistas que muito gozaram “com o prato”, o aniversariante. Não foi nada fácil para o Tio Folhinha digerir as decorrências. Quase sobrou a “celha de duelas” de lavar roupa para o Tio Folhinha se esconder perante o desastre.

Porquê Tio Folhinha?

João Carlos Republicano, no seu tempo de guerra rija em Angola, nas suas idas e voltas pelas Lundas, trazia sempre consigo, no bolso da camisa, várias notas de cem dólares que eram oferecidas às suas amigas de cangaço. Era mesmo só uma nota de cem dólares da qual chamava de “Folhinha”.

O exaustivo empreendimento que é organizar uma festa de aniversário de um homem já na terceira idade vem ganhando acréscimos constantes. Fazer uma festa de Hollywood sob a batuta de Gabriel Neto foi demais para o general, rodeado de alguns amigos, ele queria um espectáculo, um show, um evento inesquecível. Da mesma maneira que as crianças escolhem a Pequena Sereia ou o Ursinho Puff como alvo da decoração dos seus aniversários, o Tio Folhinha partiu para um aniversário temático, como uma festa a moda do Sporting de Portugal. Tio Folhinha neste grande dia do seu aniversário, condicionado pela pandemia, respeitando todas as regras impostas pela mesma, “perdeu um pouco o preconceito e libertou a criança que tem dentro dele” disse o amigo de longa data Abílio Artiaga, que já presenciou outros temas. Tão resolutamente das amarras quanto ao Tio Folhinha que com 64 anos, para se manter hirto (direito) teve que recorrer a uma cinta para defender a sua coluna já em estado lastimável. A surpresa veio em seguida. O aniversariante apareceu junto dos convidados de calça branca e camisa mil flores, dançando e cantando com ajuda de playback – numa espécie de imitação de uma estrela de cinema. Tudo improvisado.

O Tio Folinha é Bwé. Tem filing. Tem cultura e grandeza de espírito. A juventude de Benguela gosta dele - uma metade são filhos e a outra são sobrinhos.

Tio Folhinha mesmo com essas cabalas o Sporting será campeão.

Francisco Rasgado / Chico Babalada
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BENGUELA DOS PEQUENINOSALIANÇA EMPRESARIAL DE BENGUELA Adérito Areias, em Benguela. Um dia poderá ser candidato à autarq...
18/02/2021

BENGUELA DOS PEQUENINOS
ALIANÇA EMPRESARIAL DE BENGUELA

Adérito Areias, em Benguela. Um dia poderá ser candidato à autarquia?

“Se for necessário para que a cidade evolua. Estarei disponível. Mas, isso já está longe dos meus pensamentos. Quero agora ser apenas empresário, cuidar do meu império – Grupo AA, e a política para os políticos”.

Uma Vida política em palavras, Adérito Areias, o carismático empresário de Benguela, passou anos a justificar se era bom ou mau ser empresário ou ser político. No entanto, foi eleito presidente da Aliança Empresarial de Benguela, no dia 14 de Fevereiro de 2020 (dia dos namorados), no salão do restaurante O Escondidinho.

Este acto contou com a presença do Sr. Rui Falcão, governador da província de Benguela, Carlos Cardoso, Jorge Gabriel, Belito Xavier, Paulo Flora, Ana Sofia, Marco Cohen, Octavio Pinto, Leiria e convidados de Benguela e terminou com as seguintes palavras “O nosso compromisso é com o Estado. Juntos somos mais fortes”. Inesperadamente para contento dos associados fez questão de afirmar que a máquina irá funcionar, a todo v***r, pois estava a ficar emperrada, assumindo uma nova postura.

As reuniões passarão a ser mais regulares com um sentido maior de responsabilidade. As abordagens de temas candentes serão com maior seriedade, objectividade, coerência e martelo na mesa, vigiado pelo Ekumbi David, Secretário-Geral da respectiva Aliança Empresarial.

Agricultura, pecuária, indústria, comércio, construção, Acácias Rubras, questões identitárias, impostos e “eles são todos uns corruptos”. Eis as chamadas microcausas que levaram à criação da Aliança Empresarial de Benguela a impor-se. Basta. Confirmaram o crescimento de alguns fenômenos, até agora à margem das tradicionais associações, mas que continuam a fazer o seu caminho até a maioridade.

E desengane-se quem a considerar como uma mera moda facilmente descartada. A Aliança Empresarial veio para ficar e para acelerar o processo de erosão dos chamados grandes monopólios abandonados pelo Estado, assim as empresas privadas alimentadas pelo mesmo, os ditos estruturantes do desenvolvimento sócio-ecónomico, cada vez, mais acorrentados a discursos (na substância e na forma), bafientos, sem qualquer ligação com o empresário credível. Por fim, Associação dos Hoteleiros, de todos de Benguela dos pequeninos, é a mais política e coerente, fruto da experiência de Jorge Gabriel, no cargo até hoje, por falta de substituto a altura.
A constituição da Aliança Empresarial deveria, mais do que alimentar debates sobre a economia do país e os seus projectos ou, só sobre o estado das associações (empresas), muitas delas em estado de falências absolutas – funcionar como mote para, de uma vez por todas, olhar para a Nação e, aí sim, construir um espaço entre todos os associados identificados com projectos exequíveis e não apenas uma organização formal que amiúde, realiza umas reuniões, algumas delas desgarradas. Por fim ela própria (Aliança Empresarial de Benguela) percebeu que o espaço das grandes questões está ocupado pelo partido do regime cujos dirigentes desfilam pelos canais de televisão pública em intermináveis conversas que para o empresário comum pouco ou nada interessam. Agora mais do que nunca, com a reunião realizada no restaurante O Escondidinho no dia 27 de Janeiro de 2021 a Aliança vai continuar imparável. Basta-lhe não querer saber da política para nada. Aliás, como uma grande parte dos seus associados, cada vez mais preocupados com os projectos mal concebidos e sem aplicabilidade prática, de créditos e impostos desavisados, muitas vezes considerados irracionais, sendo estes, temas que a política do governo não dá respostas convincentes.

A Aliança Empresarial de Benguela, já viu aqui um espaço e, com uma campanha bem gizada e eficaz, vai cavalgar a onda, recolhendo, por isso, muitos apoiantes junto de um universo de jovens empreendedores integrados nas mais diversas associações que pululam por Benguela sem organização e muito menos sem norte. Até podem ter um bom sentido de vida, mas quando olham para os programas do governo e a sua materialização espantam-se com a quantidade de dinheiro que o governo anuncia e depois… descaminhados. Ou seja, não são devidamente canalizados para os propósitos.

As associações perderam a reverência, colocadas demasiadamente perto ou fora do arco da organização esquecendo-se da sua principal função quando perante um poder que perdura há mais de 45 anos: fazer oposição e não contemporizar-se com migalhas e políticas que dificultam o exercício das associações e subsequentemente das empresas escritas. Tudo feito risco ao lado.
Atenção: o critério supremo da verdade é a prática. É fundamental trabalhar sempre com o governo, o criador das regras do jogo.

Francisco Rasgado / Chico Babalada
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FAZER CAMINHO CAMINHANDO JOSÉ FERREIRA UM RELIGIOSO FERVOROSO E FILHO DO MPLAPorque não falar um pouco do município da B...
18/02/2021

FAZER CAMINHO CAMINHANDO
JOSÉ FERREIRA UM RELIGIOSO FERVOROSO E FILHO DO MPLA

Porque não falar um pouco do município da Baía-Farta
Baía Farta, cidade e município da província de Benguela, ocupa 6 744 km² de área territorial. Em 2014, contava com 102 989 habitantes. Rica e poderosa em pesca marinha e turismo, o município limita-se a norte com o município de Benguela, a leste com os municípios de Caimbambo e Chongoroi, a sul com os municípios de Camucuio e Moçâmedes e a oeste com o oceano Atlântico. A Baía-Farta é constituída pela comuna-sede, correspondente à cidade de Baía Farta, e pelas comunas de Dombe Grande, Calahanga e Equimina.

Conta a história que entre a comuna de Dombe Grande e a vila de Cuio, no município da Baía Farta, foi construído, entre 1904 e 1905, o Caminho de Ferro do Cuio, a menor de todas as linhas ferroviárias em território angolano (excluindo-se os ramais). Possuía somente 18 km de extensão, e era utilizado para escoar o açúcar produzido no Dombe Grande. O escoamento dava-se pelo porto de Cuio, na enseada homônima.

Não vivo para esquemas e confusões, para conversinhas de corredor e muito menos para intrigas políticas. A minha ambição política é que no dia em que o eu morrer se possa dizer: Este homem fez qualquer coisa para que o seu município ficasse um pouco melhor do que era antes de tomar posse dos destinos da Baía-Farta. Comecei cedo no partido MPLA. É assim a vida. Dou graças a Deus por ter chegado onde cheguei e por ter vivido o que vivi, e por nunca ter sido demitido ou pressionado a demitir-me de qualquer cargo público ou privado. Fiz sempre o que pude com o melhor que pude e consegui atingir vários objectivos, outros não, porque é difícil trabalhar num mar agitado e de ondulações fortes. Ter êxito num município de diversificação política, onde há de tudo, rico em peixe, sal e agricultura, mas que não é reconhecido como devia ser, é completamente difícil do ponto de vista humano”. José Francisco Ferreira, administrador da Baía-Farta.

José Francisco Ferreira, natural de Benguela, 51 anos de idade, licenciado em psicologia, mestre em ciências da educação, doutorado em ciências da educação e actualmente a fazer formação em direito. É 1º secretário municipal do MPLA e administrador municipal da Baía-Farta, província de Benguela, desde 2018. É um líder na verdadeira definição da palavra, grande mobilizador congregando com inteligência e saber os munícipes e empresários de peso da sua jurisdição. Porém, consegue levar muita gente consigo, transmitindo muito bem as suas ideias e os seus objectivos em prol dos habitantes da Baía-Farta. Por conseguinte, é uma pessoa extremamente afável e genuína, ou seja, é uma pessoa de arregaçar as mangas e fazer.

José Francisco Ferreira consegue bem partilhar esse protagonismo com o seu “Clero”, constituído por Inácio Camungambwa Numa - administrador adjunto para a área económica e financeira, Miguel D. Assunção Sande Domingos – administrador adjunto para a área técnica, infraestruturas, serviços comunitários e comunidades, Arone Serafim Guerra - director municipal do plano, Bernardo Marcelino – director municipal de infraestrutura e ordenamento do território e habitação, Alede Eduardo da Cunha – director do gabinete do administrador adjunto para área técnica, infraestruturas, serviços comunitários e comunidades, Paulo Gonçalves – director do gabinete jurídico da Administração Municipal da Baía-Farta, Domingos Francisco – chefe da secretária-geral da Administração Municipal da Baía-Farta.
Quer na sua génese, quer na sua fiscalização, a Baía-Farta teve um papel importante na política pesqueira de Angola. E é congratulante verificar que é um dos municípios mais limpo e sem cheiro, tudo sem recursos financeiros e humanos, mas, com muito trabalho, determinação e com algumas estratégias certas, tem vindo a conseguir resultados a curto e médio prazo, tal como a construção de uma central fotovoltaica com a produção de 75 Mega Walt, tornando a Baía-Farta independente e, obviamente, colmatar todos os problemas em matéria de energia eléctrica, à semelhança da água para todos. Ainda no âmbito da requalificação da zona urbana, nomeadamente nas áreas conhecidas como compão do Areias, compão do Hospital Gika, assim como nas zonas consideradas de risco e prédios degradados, as famílias estão a ser transferidas para serem assentadas no Atira 2, um projecto digno de referência.
Todavia, a Baía-Farta conta com uma nova via que vai melhorar, substancialmente, os acessos com uma extensão de 40 km, ligando assim a orla marítima à cidade.
No entanto, importa também salientar que está prevista a construção de uma moderna esquadra policial com todos os seus serviços inerentes, a entrada da Baía-Azul, no terreno baldio anexo à Empresa de Águas e Saneamento de Benguela, do qual o Comando Provincial da Polícia Nacional em Benguela já dispõe do direito de superfície cedido pela Administração Municipal que vai substituir o contentor móvel da polícia contíguo ao terreno de José Filomeno dos Santos, filho do anterior presidente da República.
Contudo, está em curso um excelente trabalho de cooperação entre a administração do município liderado pelo Sr. José Ferreira e empresários: tais como Carlitos Viegas - o primeiro munícipe da Baía-Farta, proprietário da pescaria Vimar & Filhos e do Lodge CV, Álvaro Eugênio – ambos discretos e atentos com a problemática do seu município, Adérito Areias – o rosto mais visível da cidade do Sal que, como forma de exteriorizar a sua fé perante Deus, edificou um monumental Cristo Rei que é visto pelo mar e toda a cidade do Sal. É igualmente proprietário da pescaria Iemanjá, da pescaria-museu S. Eugênia, da Salinas Calombolo, sendo também o decano do empresariado benguelense, Arnaldo Vasconcelos – proprietário da pescaria Soci-Pesca, Dudú Peres (o homem da actualidade), figura carismática da Baía-Farta e responsável pelo grande cenário cultural e de entretenimento no município, Walter Campo – o arborizador da Baía-Azul, Rui Vaz – armador que volta e meia faz também o seu exercício de solidariedade e outras entidades.
Todavia, a grande preocupação é o desenvolvimento de uma agenda sobre o município, a sua costa marítima, o pescado, o sal e agricultura. Percebe-se que a Baía-Farta pode ser uma delegação líder entre as varias praças mais empenhadas e com maiores capacidades no mar. É importante para um país como o nosso, que não possui grandes músculos económicos, ter causas internacionais em que é especialmente capaz. O desenvolvimento sustentável do mar é uma dessas causas.

Baia-Farta cidade limpa e sem cheiros, com muito verde, jardins, ruas e passeios bem construídos e tratados, projecto monitorizado pelo Sr. Rui Falcão – Governador da Província de Benguela e Leopoldo Muhongo – vice-governador.

Francisco Rasgado / Chico Babalada
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ARISTÓFANES DOS SANTOSUM ACADÉMICO NA POLÍCIA“A violência nem sempre é má, o que é perigoso é a paixão pela violência” –...
16/01/2021

ARISTÓFANES DOS SANTOS
UM ACADÉMICO NA POLÍCIA

“A violência nem sempre é má, o que é perigoso é a paixão pela violência” – Aaron Levenstein.

Há um tempo que quero escrever sobre a polícia na província de Benguela e particularmente sobre Aristófanes dos Santos, delegado do Ministério do Interior (um órgão do governo angolano) e comandante provincial da polícia nacional (outro órgão do Estado angolano). Mas, a conjuntura até agora impediu-me de cumprir este gosto. Gosto, digo bem. Primeiro, porque acho Aristófanes dos Santos digno de elogios. Depois porque apesar de se cogitar a sua saída, mais uma vez, para o mal de Benguela. Quem será o próximo?

Nada de si se perdeu pelo caminho, nada do que o distingue e recomenda e, estilhaçou apesar dos consideráveis – e por vezes encomendados – esforços de outras estruturas e dos media. Ao princípio era a encomenda do anterior Ministro, lembram-se? Desprezativo e epíteto que a oposição “mandou” circular a alta velocidade pela comunicação social privada e arredor. Sucede que, foi ele quem primeiro falou na importância de uma polícia mais jovem e melhor formada, sobretudo acadêmica. A título de exemplos: Filipe Mona Liatava Cachota, Comandante Municipal da Polícia Nacional em Benguela, Avelina Tchilulu, Comandante Municipal da Policia Nacional na Baía-Farta, Adriana Gabriela Chicanha, comandante da 4ª Esquadra do Município de Benguela e tantos outros, todos graduados, que hoje fazem a agenda dos dias e é tão salutar que tem vindo a transformar substancialmente o perfil novo de uma polícia até então considerada incauta num governo irresponsável.

Foi ele, também, um dos comandantes de Benguela a exigir outra rota policial na província e fê-lo não por “ser benguelense”, mas por ter percebido que o país e, particularmente, Benguela se consumiria na rota em que estava a Polícia Nacional.

Depois, o académico encarnou-se no professor de primeira linha. Este foi o segundo acto e pertenceu-lhe também. Foi Aristófanes dos Santos quem anunciou “em primeira mão” a entrada em cena de uma crise pesada – a criminalidade, na sequência da Covid-19. Gizou um plano conciso e objectivo para o combate do fenómeno.
Aberto e solidário, coerente, frontal e estudioso, pois, foi sempre dizendo que “a aproximação e o diálogo permanente entre os órgãos policiais e a população era imprescindível para a normalização e harmonia político e sócio-económica”. Tudo disse, desde a altura que tomou as rédeas da província de Benguela. Não é “mediático”, nem sempre prática discursos fluídos, não faz charme aos media. Quiseram organizar-lhe uma campanha assassina – que também é verdade, Aristófanes dos Santos estava inicialmente com alguma dificuldade em saber inverter ou subverter as trapalhadas do governo de Benguela e da Procuradoria-Geral da República em Benguela “o caso das máquinas do governo, cedidas indevidamente à CCJ Lda de Carlos Cardoso”, que desabaram em cima de si com estrépito, a sociedade civil de Benguela, intrigou quanto pôde e pôde muito. O resultado talvez não pudesse ser outro.

Ninguém me encomendou o sermão e detesto justificações a posterior, mas convém, apesar de tudo alguma seriedade nas revisões da matéria.

Ninguém é perfeito, assim como não se pode agradar ao mesmo tempo gregos e troianos, apesar dos seus erros e omissões, Aristófanes vai indiscutivelmente deixar de forma relevante a sua assinatura e marca em Benguela.

Francisco Rasgado / Chico Babalada
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JOANA’S RESTAURANTEA NOVA REFERÊNCIA DE BENGUELAA cumplicidade entre os dois empresários, o decano Adérito Areias e Beli...
29/12/2020

JOANA’S RESTAURANTE
A NOVA REFERÊNCIA DE BENGUELA

A cumplicidade entre os dois empresários, o decano Adérito Areias e Belito Xavier, cada vez mais evidente. Novos tempos, novas vidas.
“Não me importava nada de ser uma figura unânime, assim como, não faz sentido aquela coisa triste de comemorar o passado quando o presente ainda está tão activo”, afirmou Belito Xavier.

Pela primeira vez um cidadão de Benguela, neste caso o empresário Adérito Areias, o rei do sal, a inaugurar um empreendimento relevante da cidade de Benguela. Desta vez não houve director da hotelaria, vice-governadores nem governador.
Foi com um misto de ansiedade e nervosismo que Belito Xavier e Aderito Areias e grande parte de amigos de ambos e a sociedade civil de Benguela se reuniram no Ex-Restaurante Tropical, na Avenida Comandante Kassanje para assistirem em conjunto ao primeiro dia de abertura do Joana’s Restaurante. Porém, Adérito Areias, sendo um dos empresários mais visíveis da província de Benguela e quiçá de Angola, foi o protagonista da inauguração no dia 16 de Dezembro de 2020 do Joana’s Restaurante, que promete congregar os citadinos de Benguela e arredores.

No entanto, a vida vai proporcionando oportunidades possibilitando muitas vezes cumprir alguns sonhos. Pois, depois de ter visto a sua vida profissional mudar radicalmente com o início do “executivo do presidente João Lourenço” o presidente da Aliança Empresarial de Benguela Adérito Areias, a quem coube o direito de inaugurar o Joana’s Restaurante, encara com optimismo esta nova fase da sua vida. “Gosto de pensar que há um imbróglio na vida e seu alerta de que o dia-a-dia, não é uma tragédia. A vida nunca muda para pior nem para melhor, simplesmente muda. Penso assim e gostava que os angolanos também pensassem. Há que olhar para a mudança como uma oportunidade e não como um mal que nos aconteceu!!!”. Proferiu este referenciado empresário de uma escola ímpar, cujo trabalhar no limite é a sua forma de estar e ser.

“Estou muito entusiasmada com o elenco e temos uma fantástica equipa de trabalho. Temos tudo para ser um novo sucesso e espero que as pessoas gostem” referiu Magda Magalhães Ngando, senhora de mãos cheias e primeira dama do Joana’s Restaurante, que vestiu a pele da Jennifer Lopez.

A marca Joana’s Restaurante pretende ocupar uma posição de destaque no sector da restauração, assumindo-se como novo player do mercado; está a desenvolver uma campanha de comunicação dirigida a diferentes públicos–alvo, espelhada no prazer e alegria de viver.

O Joana’s Restaurante alarga os seus sentidos, reflecte o sabor de uma alimentação combinada de alta qualidade, pensada para si.
Para os benguelenses o Joana’s Restaurante propõe um sofisticado prato de peixe, muito fácil de confeccionar, e uma sobremesa de comer e chorar por mais. Confira as receitas:

Francisco Rasgado / Chico Babalada
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NEGÓCIOS SECRETOS E BURLAS DO MPLAUSD 5 MILHÕES A propósito do apocalipse orçamental do MPLA em Benguela, lembrei-me de ...
03/12/2020

NEGÓCIOS SECRETOS E BURLAS DO MPLA
USD 5 MILHÕES

A propósito do apocalipse orçamental do MPLA em Benguela, lembrei-me de um velho estribilho do nacionalismo alemão “melhor a guerra do que um pacto humilhante”.

Claro que a dívida do MPLA em Benguela para com as empresas privadas não é uma guerra. Mas, as dívidas podem influenciar a vida e a “morte” do MPLA. E é preciso defender, neste caso como noutros, o princípio sagrado da responsabilização: cada partido, cada dirigente político, cada militante, cada sector deve dizer o que pensa ao que vai e o que assume como seu.

A irresponsabilidade tem contaminado a corrente do quadrado e está na origem de um chavão comum, segundo o qual “todos somos culpados” pela triste situação a que chegou o MPLA, na época liderada por Armando da Cruz Neto que tinha como segundo homem forte, Veríssimo Sapalo que chegou durante um determinado período (já em Benguela como 2º secretário do MPLA) a interinar o governo e o partido no município do Cubal.
Apesar dos esforços legítimos de Armando da Cruz Neto e, da anunciada “austeridade”, o déficit era razoável. Com os USD 5.000.000.00 resultantes da venda do terreno do MPLA à Shoprit, deviam pagar as dívidas à empresa que reabilitou a sede do MPLA, ex – instalações da Associação Comercial de Benguela, o imóvel defronte a direcção das pescas, assim como outros trabalhos prestados por outras empresas; também, não devia esquecer-se do compromisso que se tem com o intermediário, na quantidade em falta. Assim deixou Armando da Cruz Neto, o partido arrumado e saudável financeiramente.

Muito provavelmente teria sido preciso ir mais longe, mais fundo, durante mais tempo, e com mais visão. Não se pode ficar por iniciativas desgarradas, sem lógica geral e sem sedimentação para o futuro. É preciso promover “estados-gerais” de emergência, para a resolução estratégica daquilo que deve ser pago, cortado, reduzido e eliminado.

Todavia, convém falar claro, pois, “nem toda a dívida privada é perversa e nem toda a dívida do partido é virtuosa”.

De acordo com o mercado flutuante a actualização cambial do saldo da conta do partido nos documentos da empresa prestadora de serviços é de Akz 485.532.912,65 (Quatrocentos e Oitenta e Cinco Milhões, Quinhentos e Trinta e Dois Mil Cento e Noventa e Dois Kwanzas e Sessenta e Cinco Cêntimos), equivalente a USD 1.405.022,42 (Um Milhão Quatrocentos e Cinco Mil, Vinte e Dois Dólares Americanos e Quarenta e Dois Cêntimos), ao câmbio de 345.569,00 do BNA, conforme tabela de câmbios de 05 de julho de 2020.

Contudo, convém percorrer as alíneas, com rigor: mas pode chegar-se à conclusão de que muitos privados se endividaram, porque o MPLA, partido no poder falhou nos seus compromissos. E ninguém parte para o cadafalso sem reagir.

Não seria muito melhor dizer (Veríssimo Sapalo e António Saraiva) o que fizeram com USD 5.000.000.00 (Cinco Milhões de Kwanzas)? Evitaria, pelo menos, inúmeros mal–entendidos e suspeições.
Black out provoca a descrença na política e, pior, nos ideais que a devem nortear.

Francisco Rasgado / Chico Babalada
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OS DÓLARES DO TERRENO DO MPLAUMA OPORTUNIDADE, UM NEGÓCIO.Para onde foram parar os Cinco Milhões de Dólares Norte-Americ...
26/11/2020

OS DÓLARES DO TERRENO DO MPLA
UMA OPORTUNIDADE, UM NEGÓCIO.

Para onde foram parar os Cinco Milhões de Dólares Norte-Americanos da venda da parcela de terreno do MPLA de Benguela à Shoprit?

Há duas semanas, o jornal Chelapress pediu à um militante de proa do MPLA, que não quis ser identificado, informações sobre a venda do aludido terreno à Shoprit – sul-africana por USD 5.000.000.00 (Cinco Milhões de Dólares Norte Americanos).

Para quem não sabe, a Shoprit é uma grande superfície comercial sul africana, localizada na estrada principal do Casseque em direcção a Baía-Farta, pousada entre o hipermercado Kero, e o posto de abastecimento de combustível Pumangol, gerenciado pelo Sr. Jorge Miranda.

A resposta foi uma recusa de disponibilizar estes dados. Mas, três dias depois, alguém mudou de ideia e lá veio “finalmente” a informação, foi clara e alegre, teve élan e ritmo, esclareceu bastante com documentos, nomes de envolvidos e valores, acrescentou bastante e por conseguinte, trouxe muitas coisas novas.

O negócio intermediado por um empresário conhecido na praça de Benguela que teve o Sr. Pedro Ngala, que apenas serviu para a localização de dois reais detentores do interesse dentro do partido, pois são eles, Veríssimo Sapalo e António Saraiva.

O negócio marchou com tanta precisão que a venda da parcela de terreno em causa se concretizou com sucesso. A alta entidade do MPLA esclarece ainda que os Cinco Milhões de Dólares Norte Americanos, resultantes da venda, ofuscou de tal maneira os chefes de top do MPLA, envolvidos no negócio, que até esqueceram-se de remunerar o comissionista, assim como o de pagar a outras empresas prestadoras de serviços ao MPLA, nomeadamente a que reabilitou totalmente e mobilhou o Kremlin (a sede do partido na província de Benguela), que seria supostamente pago com parte deste valor, num total de USD 1.400.000,00 (Um Milhão e Quatrocentos Mil Dólares Norte Americanos).

Pedro Ngala, um dos intervenientes, pelo facto de ter criado o caminho recebeu Akz 10.000.000,00 (Dez Milhões de Kwanzas), antecipadamente ou proveniente de uma parte recebida pelo comissionista. Das duas uma. Razão pela qual leva-nos a acreditar que o comissionista tenha recebido uma parte do prometido.
Afastada a ideia de investigação à investigação ao caso da venda do terreno do MPLA à Shoprit por Cinco Milhões de Dólares Norte Americanos e confinada esta a uma averiguação sobre o timing da mesma, é de supor que o MPLA, que tinha na altura como primeiro secretário do MPLA, Armando da Cruz Neto, revestido de boa intenção, tenha fixado um prazo para a sua conclusão. Na verdade, tal se impõe para a credibilidade da instituição política e confiança na dignidade dos mandatários políticos na província.

Foi mais uma machadada no prestigio do MPLA em Benguela, na sua política Ziquezaqueante na defesa de valores, os kilapes constantes, as burlas, o não pagamento das suas dividas, não honrar os seus compromissos para com as empresas contratadas nomeadamente as de construção civil e obras públicas, que até hoje não são pagas. Não adiantou o Armando da Cruz Neto, ex-governador da Província de Benguela e primeiro Secretário do Partido – MPLA há mais de 45 anos do poder, afirmar que era intolerável e inaceitável a sua negação – a negação da divida com a empresa em causa que reparou e mobilhou a sede do partido.
Vender seja o que for desde que seja nosso, não é pecado. Pecado é não pagar a quem devemos, sobretudo quando dispomos de recursos para o efeito.

A hipocrisia política e moral têm de ficar à porta das pessoas.
Porque não estender também a luta contra a corrupção pelo MPLA, partido-Estado em Angola?

Francisco Rasgado / Chico Babalada
Jornal ChelaPress

Nota de ImprensaOs lotes de terreno no bairro das Salinas, sito na zona B, Município de Benguela é um abcesso na caminha...
01/11/2020

Nota de Imprensa

Os lotes de terreno no bairro das Salinas, sito na zona B, Município de Benguela é um abcesso na caminhada da Administração municipal de Benguela rumo à credibilidade e crescimento. É preciso tirar isso dos holofotes.

A população de Benguela não pode continuar a ser enganada pela Administração Municipal de Benguela. Ora vejamos: o edital nº 02/2020 de 27 de Outubro de 2020, cujo conteúdo é uma autentica fraude, na medida em que o processo ainda está a decorrer os seus tramites judiciais, ou seja, ainda não existe nenhuma decisão judicial. Pelo que é incorrecto a Administração Municipal de Benguela estar a anunciar a venda dos mesmos.

Nota de Imprensa
Sobre o Esclarecimento da Decisão da Administração Municipal de Benguela de Vender os Lotes de Terrenos no Bairro das Salinas, sito na Zona B, Município de Benguela

Foi posta a circular nas redes sociais e nos órgãos de comunicação social público e privado, o Edital n.º 02/2020, de 27 de Outubro, da Administração Municipal de Benguela, assinado pela Administradora Municipal de Benguela, Adelta Jorgina Matias Sifi, que em síntese, informa que foi realizada e executada a monitorização do projecto de loteamento e urbanização do Bairro das Salinas, Zona “B”, bem como que procederá nos dias 06, 09 e 10 de Novembro de 2020, no período das 9 à 12 horas na Administração Municipal de Benguela, a venda das parcelas de terrenos de 400m2, 500m2, 700m2 e 1000m2, com preços de referência de 400.000,00 Akz, 500.000,00 Akz, 700.000,00 Akz e 1.000.000,00 Akz.

Considerando que os referidos lotes de terrenos que constituem o Bairro das Salinas estão em litigio opõe a Administração Municipal de Benguela e os Moradores e Naturais do Bairro das Salinas, cujo processos correm no Tribunal de Comarca de Benguela, por isso, impõe-se esclarecer o seguinte:

1. Nós Moradores e Naturais do Bairro das Salinas desaconselhamos a população da Província de Benguela em particular e do país em geral para não aderirem a compra-venda dos referidos lotes de terrenos do Bairro das Salinas, porque, a lei não permite que sejam vendidos lotes de terrenos que estejam em litígios.

2. Decorre do artigo 876.º n.º 1 do Código Civil vigente que “Não podem ser compradas coisas ou direito litigioso, quer diretamente, quer por interposta pessoa..., porquanto, a venda de coisa em litigio para além de ser nula, sujeita o comprador, nos termos gerais, à obrigação de reparar os danos causados.

3. Nesta conformidade, estando a correr um processo-crime sobre os terrenos do Bairro das Salinas contra a Administradora Municipal de Benguela Adelta Jorgina Matias Sifi e demais funcionários da referida Administração Municipal envolvidos nas referidas negociatas de terrenos do referido Bairro, cujo processo tramita na Procuradoria Geral da República junto dos Serviços Provincial de Investigação Criminal de Benguela com o processo n.º 5241/2020, onde estão indiciados nos Crimes de Abuso de Autoridade, Danos, Ofensas Corporais e Associação Criminosa, previstos e puníveis nos termos dos artigos 291.º, 294.º, 302.º nº2, 303.º e 472.º, todos do Código Penal e artigos 8.º, 41.º e seguintes da Lei n.º 3/14, de 10 de Fevereiro – Lei Sobre a Criminalização das Infracções Subjacentes ao Branqueamento de Capitais, por um lado;

4. Por outro lado estando a correr tramites legais contra a Administração Municipal de Benguela, os processos cíveis n.ºs 58/020, 59/020, 29/2019 e ..., que correm no Tribunal de Comarca de Benguela e Outros na instância do Venerando Tribunal Supremo em instância de recurso com efeito suspensivo, logo;

5. A Administração Municipal de Benguela, na pessoa da sua titular não pode proceder a venda dos lotes de terrenos do Bairro das Salinas aos cidadãos de boa-fé, pois, caso efectuar estará a vender um bem em litigio e colocará os terceiros compradores (os pacatos cidadão) num conflito instalado entre os Moradores e Naturais do Bairro das Salinas verso Administração Municipal de Benguela, uma vez que, a venda de bens em litigio constitui crime de Burla Por Defraudação, previstos e puníveis nos termos do artigo 451.º do Código Penal.

6. Por essa razão, desaconselhamos os cidadãos de boa-fé a comprarem os lotes de terrenos em conflito, tendo em conta que, nós moradores não nos responsabilizaremos das consequências que poderão advir das negociatas dos nossos terrenos no Bairro das Salinas até porque, não obstante a Administração Municipal de Benguela sentir-se protegida pela alta estrutura da PGR em Benguela e por algumas patentes da polícia Nacional em Benguela, a mando da alta estrutura do Governo Provincial de Benguela, nós moradores por mais humildes e pobres que somos, não desistiremos dos nossos direitos, pois, ainda acreditamos nas palavras do Mais Alto Magistrado da Nação, Sua Excelência Sr. Presidente da República, João Lourenço, quando dizia na sua tomada de posse que “a Constituição e a Lei seriam a bússola da sua governação” e que “Ninguém é tão rico ou poderoso para sentir-se acima da Lei e ninguém é tão pobre ou desprovido de bens que não possa ser defendido pela Lei”.

7. Por isso prosseguiremos até ao fim com este processo esgotando até a última instância jurisdicional nacional e internacional para tutela plena e efectiva dos nossos direitos adquiridos, daí que, apelarmos a população em geral para que sejam humanos e sintam também as nossas dores, não comprando os nossos lotes terrenos que estão em litigio e que se encontram enterrados a nossa história tradicional, basta lembrar que lá se encontra até hoje a sepultura do nosso primeiro soba do Bairro das Salinas.
Muito Obrigado a todos que têm prestado solidariedade neste período muito difícil que a Administração Municipal partiu as nossas casas, o nosso posto médico, a nossa igreja e a nossa escola, que Deus vós recompense!

Benguela aos 29 de Outubro de 2020.-

Pelos Representantes dos Moradores e Naturais do Bairro das Salinas ___________________________________
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Endereço

Benguela
1125

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