18/02/2021
FAZER CAMINHO CAMINHANDO
JOSÉ FERREIRA UM RELIGIOSO FERVOROSO E FILHO DO MPLA
Porque não falar um pouco do município da Baía-Farta
Baía Farta, cidade e município da província de Benguela, ocupa 6 744 km² de área territorial. Em 2014, contava com 102 989 habitantes. Rica e poderosa em pesca marinha e turismo, o município limita-se a norte com o município de Benguela, a leste com os municípios de Caimbambo e Chongoroi, a sul com os municípios de Camucuio e Moçâmedes e a oeste com o oceano Atlântico. A Baía-Farta é constituída pela comuna-sede, correspondente à cidade de Baía Farta, e pelas comunas de Dombe Grande, Calahanga e Equimina.
Conta a história que entre a comuna de Dombe Grande e a vila de Cuio, no município da Baía Farta, foi construído, entre 1904 e 1905, o Caminho de Ferro do Cuio, a menor de todas as linhas ferroviárias em território angolano (excluindo-se os ramais). Possuía somente 18 km de extensão, e era utilizado para escoar o açúcar produzido no Dombe Grande. O escoamento dava-se pelo porto de Cuio, na enseada homônima.
Não vivo para esquemas e confusões, para conversinhas de corredor e muito menos para intrigas políticas. A minha ambição política é que no dia em que o eu morrer se possa dizer: Este homem fez qualquer coisa para que o seu município ficasse um pouco melhor do que era antes de tomar posse dos destinos da Baía-Farta. Comecei cedo no partido MPLA. É assim a vida. Dou graças a Deus por ter chegado onde cheguei e por ter vivido o que vivi, e por nunca ter sido demitido ou pressionado a demitir-me de qualquer cargo público ou privado. Fiz sempre o que pude com o melhor que pude e consegui atingir vários objectivos, outros não, porque é difícil trabalhar num mar agitado e de ondulações fortes. Ter êxito num município de diversificação política, onde há de tudo, rico em peixe, sal e agricultura, mas que não é reconhecido como devia ser, é completamente difícil do ponto de vista humano”. José Francisco Ferreira, administrador da Baía-Farta.
José Francisco Ferreira, natural de Benguela, 51 anos de idade, licenciado em psicologia, mestre em ciências da educação, doutorado em ciências da educação e actualmente a fazer formação em direito. É 1º secretário municipal do MPLA e administrador municipal da Baía-Farta, província de Benguela, desde 2018. É um líder na verdadeira definição da palavra, grande mobilizador congregando com inteligência e saber os munícipes e empresários de peso da sua jurisdição. Porém, consegue levar muita gente consigo, transmitindo muito bem as suas ideias e os seus objectivos em prol dos habitantes da Baía-Farta. Por conseguinte, é uma pessoa extremamente afável e genuína, ou seja, é uma pessoa de arregaçar as mangas e fazer.
José Francisco Ferreira consegue bem partilhar esse protagonismo com o seu “Clero”, constituído por Inácio Camungambwa Numa - administrador adjunto para a área económica e financeira, Miguel D. Assunção Sande Domingos – administrador adjunto para a área técnica, infraestruturas, serviços comunitários e comunidades, Arone Serafim Guerra - director municipal do plano, Bernardo Marcelino – director municipal de infraestrutura e ordenamento do território e habitação, Alede Eduardo da Cunha – director do gabinete do administrador adjunto para área técnica, infraestruturas, serviços comunitários e comunidades, Paulo Gonçalves – director do gabinete jurídico da Administração Municipal da Baía-Farta, Domingos Francisco – chefe da secretária-geral da Administração Municipal da Baía-Farta.
Quer na sua génese, quer na sua fiscalização, a Baía-Farta teve um papel importante na política pesqueira de Angola. E é congratulante verificar que é um dos municípios mais limpo e sem cheiro, tudo sem recursos financeiros e humanos, mas, com muito trabalho, determinação e com algumas estratégias certas, tem vindo a conseguir resultados a curto e médio prazo, tal como a construção de uma central fotovoltaica com a produção de 75 Mega Walt, tornando a Baía-Farta independente e, obviamente, colmatar todos os problemas em matéria de energia eléctrica, à semelhança da água para todos. Ainda no âmbito da requalificação da zona urbana, nomeadamente nas áreas conhecidas como compão do Areias, compão do Hospital Gika, assim como nas zonas consideradas de risco e prédios degradados, as famílias estão a ser transferidas para serem assentadas no Atira 2, um projecto digno de referência.
Todavia, a Baía-Farta conta com uma nova via que vai melhorar, substancialmente, os acessos com uma extensão de 40 km, ligando assim a orla marítima à cidade.
No entanto, importa também salientar que está prevista a construção de uma moderna esquadra policial com todos os seus serviços inerentes, a entrada da Baía-Azul, no terreno baldio anexo à Empresa de Águas e Saneamento de Benguela, do qual o Comando Provincial da Polícia Nacional em Benguela já dispõe do direito de superfície cedido pela Administração Municipal que vai substituir o contentor móvel da polícia contíguo ao terreno de José Filomeno dos Santos, filho do anterior presidente da República.
Contudo, está em curso um excelente trabalho de cooperação entre a administração do município liderado pelo Sr. José Ferreira e empresários: tais como Carlitos Viegas - o primeiro munícipe da Baía-Farta, proprietário da pescaria Vimar & Filhos e do Lodge CV, Álvaro Eugênio – ambos discretos e atentos com a problemática do seu município, Adérito Areias – o rosto mais visível da cidade do Sal que, como forma de exteriorizar a sua fé perante Deus, edificou um monumental Cristo Rei que é visto pelo mar e toda a cidade do Sal. É igualmente proprietário da pescaria Iemanjá, da pescaria-museu S. Eugênia, da Salinas Calombolo, sendo também o decano do empresariado benguelense, Arnaldo Vasconcelos – proprietário da pescaria Soci-Pesca, Dudú Peres (o homem da actualidade), figura carismática da Baía-Farta e responsável pelo grande cenário cultural e de entretenimento no município, Walter Campo – o arborizador da Baía-Azul, Rui Vaz – armador que volta e meia faz também o seu exercício de solidariedade e outras entidades.
Todavia, a grande preocupação é o desenvolvimento de uma agenda sobre o município, a sua costa marítima, o pescado, o sal e agricultura. Percebe-se que a Baía-Farta pode ser uma delegação líder entre as varias praças mais empenhadas e com maiores capacidades no mar. É importante para um país como o nosso, que não possui grandes músculos económicos, ter causas internacionais em que é especialmente capaz. O desenvolvimento sustentável do mar é uma dessas causas.
Baia-Farta cidade limpa e sem cheiros, com muito verde, jardins, ruas e passeios bem construídos e tratados, projecto monitorizado pelo Sr. Rui Falcão – Governador da Província de Benguela e Leopoldo Muhongo – vice-governador.
Francisco Rasgado / Chico Babalada
Jornal ChelaPress